quinta-feira, 10 de maio de 2018

Acorde

O acorde de início quando a gente dormia.

Assim feito os goles de cachaça
o mel que a gente melava metade do corpo
ou parcialmente tudo,
ou quando se corria e morria antes de chegar.

Na praia, por terra, em qualquer lugar de harmonia.

É ali o lugar que a poesia podia se formar,
então pensei em dormir de novo,
em algum lugar exposto em teu corpo,
ciente de que alguma hora acordaríamos
"um pouco da realidade"
sabia que não vinha em doses amenas.

Dilatado, quaisquer pedaço, inexplícito
e bem ali, onde se espera poesia, corroía o dia findar.
Dormia aguardando algum dia despertar
melado, ao teu lado. 

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