Entrada Franca
eu dançaria com o seu nome
se a poesia me permitisse te tirar do papel
e vigiaria o céu de hoje
pois alguma estrela cadente
há de me trazer notícia de sua chegada
deitei na proa da barca me afoguei e esperei
a noite inteira pois
haja chuva ou choro
a maresia me diria o dia
e eu colocaria em você o motivo
da minha febre de vida e de morte
mesmo que isso te assuste
mesmo se você temesse encarar
os meus olhos na manhã de segunda
temos previsão de chuva!
e os tempos verbais dizem que a tempestade
não depende do tempo que perdemos criando discurso coesos
mas sim de seus olhos indefinidos e úmidos
quase implorando pela paz que não existe nas palavras
ou no amor desregulado que te ofereço sem diagnóstico
e eu usei seu nome tantas vezes
mas não deixo de escrever que você existe sim
e grita aqui dentro e chora e tem maresia todo fim de tarde
e fim de semana eu passo na sua casa pra provar
que já não paro de pensar que nem sei onde deixei o isqueiro
então procuro o fogo pela cidade tentando criar um título
digno pro poema em sufoco
eu só não esqueceria o seu nome
eu dançaria com o seu nome
são tantos pecados e há um crime no ato
do encontro dos seus lábios com o medo de tudo não diz
tem vinho dentro da bolsa e bilhetes pro cinema perto de casa
a entrada em mim você tem de graça
eu dançaria com o seu nome
se a poesia me permitisse te tirar do papel
e vigiaria o céu de hoje
pois alguma estrela cadente
há de me trazer notícia de sua chegada
deitei na proa da barca me afoguei e esperei
a noite inteira pois
haja chuva ou choro
a maresia me diria o dia
e eu colocaria em você o motivo
da minha febre de vida e de morte
mesmo que isso te assuste
mesmo se você temesse encarar
os meus olhos na manhã de segunda
temos previsão de chuva!
e os tempos verbais dizem que a tempestade
não depende do tempo que perdemos criando discurso coesos
mas sim de seus olhos indefinidos e úmidos
quase implorando pela paz que não existe nas palavras
ou no amor desregulado que te ofereço sem diagnóstico
e eu usei seu nome tantas vezes
mas não deixo de escrever que você existe sim
e grita aqui dentro e chora e tem maresia todo fim de tarde
e fim de semana eu passo na sua casa pra provar
que já não paro de pensar que nem sei onde deixei o isqueiro
então procuro o fogo pela cidade tentando criar um título
digno pro poema em sufoco
eu só não esqueceria o seu nome
eu dançaria com o seu nome
são tantos pecados e há um crime no ato
do encontro dos seus lábios com o medo de tudo não diz
tem vinho dentro da bolsa e bilhetes pro cinema perto de casa
a entrada em mim você tem de graça
Nenhum comentário:
Postar um comentário