quinta-feira, 19 de outubro de 2017

construir a minha obra de vida em sua pele

(27-12-2014)


ele tem essa pele que mais parece

um quadro pintado por alguma cor próxima ao dourado


quando encosto meu pincel

ele me chama de artista


e talvez perceba o quanto estremeço

ao esbarrar na solidão que é a sua obra prima


eu escrevo quase como um grito

que esse atrito entre nós causa toda poesia

ainda não escrita em qualquer livro vendido em livraria


ele tem receio de me melar com toda a tinta negra

que compõem seus esboços e fantasias




ele ouve o som do mar


e eu posso ouvir daqui

as ondas do meu pintar escorrendo

por essa tela de cores líricas

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