sábado, 8 de abril de 2017

ao morrer as flores dão frutos

definho

murcho e a flor

prostrada na sacada da sala 

explícita ao sol

tão longo

o dia demora a cair

o céu denso

tal peso fundo

cansativo é dizer

andar os pés amarrados

o chão movediço

traça na parede

em particular 

tanta palavra

o jeito como ginga os braços

largar o mundo afora 

lá dentro muda 

bonito de tão morto 

não tem pressa

as cores as massas

caminhando pra onde

foi-nos em vão

resta um tanto 

mal se vê 


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