cores de um cenário natural
alagam pedaço de retina
pintura de aquarela
que vinha dos olhos daquela
senhora na praça vendendo todo
tipo de bala
doce minha véia
é que explosivo a gente foge
dos olhos do tempo cedido
ao cansaço dela exposta
enquanto o quadro
o céu seja qual hora
encara a gente
não tem preço agora enquanto
as linhas cedem espaço, crianças
correndo de que? na rua
balas cortam pedaços
as cores
vindo Norte
sob um céu que esmaga
os olhos velhos dela
quando vê
diz
Basta ser
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