olha pra mim, para e repara um instante até que os olhos lembrem de piscar. dá um tempo pra me olhar assim de frente, senta e aguarda o fim da tarde que aflora em meu peito toda vez que esqueço meu corpo em sua cama. calma, te peço com fluidez sempre que o suspiro vira motivo pra uma rima de um sorriso entrecortado e ah, seu beijo é mais banhado que poça d'água acumulada nos olhos por qualquer fração de ternura, e... irei constantemente falar dos olhos desde que parei em você. é porção de disritmia, colóquio em praça pública, pudor. ouço seu coração tagarelar em tom esquizofrênico, mansa repouso na camada mais sensível de seu corpo e em silêncio denomino de templo esse lugar de descanso. descalça encardo seus lençóis, embaço copos de vidro com batom e te chamo pra guerra que é amar uma mulher sentenciada pela própria poesia revestida de óbito. as manchas de café e mordidas, seu sono em pleno fim do ano, quero estagnar esse sonho que relato com o toque da língua na ferida exposta que encontrei ao entrar em sua casa, seu mantra. os livros na estante não justificam meu amor retraído em busca de uma liberdade que é necessária pra mim, sabe? olha pra mim, as lesões nos cantos das unhas roídas e essa ansiedade, é tudo um resquício de memória, um enterro prematuro, não é por mal a nossa morte em mim toda vez que me visto de alforria e trepido madrugada entre ruas de nomes próprios. eu preciso que foque até cansar de decifrar e só lembre que é tudo bagunça assim pelos cantos jogada de mãos desarmadas com um atestado de contusões narrando contudo que é tudo uma parcela de universo, ah, não sei... repara, é o que nos move.
repara, estou sem manual, não tenho conserto.
Mas tem um concerto de 12 violinos, nesses teus cabelos ao vento. Nessa voz que expande,gritante no silencio do Universo, onde se deitam teus cheiros e versos.
ResponderExcluirAlegrias.
Decide não voar,
ResponderExcluirpousei o olhar!
:o)