gosto de ouvir seu coração
quando deito na borda do peito
ontem ele batia tão forte que parecia fugir
de um temporal
e esperava pacífico entrada em mim
à frente da lareira que chamusca até as bochechas
você me pediria um copo de achocolatado
mas faço café das nuvens dos dias tediosos
e rezo pela sua estadia em abrigo seguro
não é bobagem esse quarto escuro
de teto infiltrado
minhas mãos são conchas leves
você é como essa ressaca de um sensível vendaval
seu coração pede passagem
mas nunca houve porta nem chuva forte
bate
bate
bate
bate
me diz, é onda ou tempestade?
Onda nenhuma existiria sem a tempestade da poderosa energia da tua poesia, ou a que nasce dos teus olhos quando tu ama ou está em fúria. Eu te diria que é as duas, te diria mais, diria que isso me ocorreu agora, porque acordei às 5:24 e pensei no teu poema, pensei nos teus ombros e nas alças do teu vestido que retém o teu suor nos dias de calor e tu me parecia tão mais linda assim: com fé e fazendo café. Eu gosto de quanto tu me encanta e faz com que meu coração dispare sem fim, ainda que você jamais faça poesia pra mim.
ResponderExcluirAlegrias.