terça-feira, 20 de outubro de 2015

O céu e eu de ressaca

Te busquei no contorno dos cachos de cabelo
Na imagem monocromática formada a cada vez que pisco
Você seria uma rasura
Meu rabisco de infância
Uma nuvem brusca de primavera

Hoje as ondas batem dentro do meu peito de areia
Seu nome desbota na maré
O medo de morrer afogado impede seu mergulho
Mesmo que o céu não apresente ameaças

O seu silêncio embaça a lente dos meus óculos
Vulgariza o escarcéu que te faço em prosa
Você seria uma metáfora
Meu passatempo
Mas a chuva de hoje tirou os nós dos cabelos
E você da minha cama

Um comentário:

  1. Bem vinda a chuva que liberta todas as metáforas,abre espaço para que tu passes mais tempo,com teus belos versos.
    Saudações!

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