teu câncer no peito
a chuva que não resistiu às minhas costas
uma bossa no rádio de pilha
um tabaco na boca e teu timbre
como se fosse força esse abrigo
que carrega nas cordas
como se fosse mentira essa chuva
e o meu arrepio um miado de fome
tua rima escondida no bloco de notas
um rugido da porta parece anúncio
parece medo e motivo de garoa
os gatos de rua morrem mais de 7 vezes
e a marquise arquitetônica de teus braços
saciando a ânsia esfomeada de sábado
insistente em esfregar os textos diluídos
na folha branca de tua superfície
apaziguando a chuva
é tanto pretexto
mesmo que falte cinzeiro
céu nublado
fumaça escapando
e de súbito tu me rouba a saliva
como quem sente sede
mesmo depois de toda chuva fina
com gosto de água salgada
fui junto
ResponderExcluirQuando a chuva não resiste, nada resiste ao encanto das palavras que pululam ao teu redor e são teus escudos e doutores dos teus versos no futuro. É isso. Os que roubaram tua saliva farão teus clones , eu - lamentarei o que não roubei de ti. Tu é algo que me faz bem, não importa em que parte do mundo tu está ou estará.
ResponderExcluirUma boa semana.
Uau! Belo jogo de palavras.
ResponderExcluirAdorei.
Bjo
É tanto pretexto
ResponderExcluirpara lhe roubar
um beijo
que o sábado
vira segunda
antes mesmo
do domingo
gastar o gás
do seu isqueiro.