ou são os seus olhos perdidos
na cidade
me atordoando
qualquer esquina endereçada
até seu nome indigente
dentro de mim
dentro de mim
corroendo qualquer chance que tive
de escapar sem ressaca
as olheiras condenam
sua voz desconstruiu toda prudência
que botei na cama
e fiz cafuné
porque o medo sempre esteve
até nas poesias que ocultavam o seu nome
as olheiras condenam
sua voz desconstruiu toda prudência
que botei na cama
e fiz cafuné
porque o medo sempre esteve
até nas poesias que ocultavam o seu nome
não é sobre o amor que as canções de amor falam
é sobre o nosso cansaço
mas eu também estou suada
e há tempos não arrumo o quarto
não falam de você nos grandes clássicos
porque é só mais um
joão-
ninguém
reparou que os prédios estão muito altos
é sobre o nosso cansaço
mas eu também estou suada
e há tempos não arrumo o quarto
não falam de você nos grandes clássicos
porque é só mais um
joão-
ninguém
reparou que os prédios estão muito altos
enquanto a gente se aperta
nas ruas que sobram
quase nada nos resta
mesmo te olhando distraída enquanto recita
quase nada nos resta
mesmo te olhando distraída enquanto recita
obras de Fernando Pessoa ou a garota da rua São Clemente
eu admito que continuo escrevendo minúsculo
eu admito que continuo escrevendo minúsculo
querendo diminuir esse escarcéu tão imenso
quanto o seu silêncio de rotina
ninguém nos sobra
quanto o seu silêncio de rotina
ninguém nos sobra
só essa saudade maior do que os prédios do bairro restou
recordando que o título vem depois do poema
e você não
recordando que o título vem depois do poema
e você não
As ruas, as pessoas a necessidades delas (todos nós) cabem respeitosamente nessa página. Eu nem sei te imaginar sendo "antena" desse teu mundo, mas tu é e é; digníssima de ser a atriz representando o amoroso do teu povo.
ResponderExcluirSaudações.
wow
ResponderExcluirintenso... Lindo e Louco...
ResponderExcluirDuas pontas de cigarro no oco.
Uma xícara sem colher de chá...
Garota da rua São Clemente
ResponderExcluirPor que mente, assim?
Quero te contar tantas verdades
Não fujas de mim
Ô menina, vem
Vem, vai ser diferente
Deixa de lado a vaidade
Lembra da nossa vontade
E vem
Pra Voluntários sim
Tomar uma Boazinha
Sorrir feliz pra mim
—continua—
Um poema de um fôlego amoroso e melancólico... Gostei.
ResponderExcluirBeijo.