domingo, 31 de maio de 2015

perdendo a memória junto ao seu nome

quase esquecendo o seu sobrenome
junto aos vocativos que te identificam 
em mim e nas poesias que pouco a 
pouco vão te perdendo 
e se tornando mais urbanas
pois o caos da cidade é um bocado 
do que vi quando por descuido dei zoom 
em seus olhos de mutirão implorando por sossego

e quando há paz eu não existo

há uma ânsia de se ocultar que te 
faz crescer a barba e me perder é também 
se achar menos alheio 
porque não sou daqui e nunca fui

quase não te sinto
mas sinto muito
não por deixar que você escorra de 
mim como se fosse um motivo de choro 
mas por permitir que a poesia te escreva uma despedida 
sem que ouse citar o seu nome

mas, quem é você?

Um comentário:

  1. eu sou quem se contorce quando te lê, de tão bonita e melancólica que é a tua poesia.

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