passos sonâmbulos
há um brutal encontro de sonhadores no vagão das sete e quase não vejo mais aquela criança querendo sair de casa pra enfrentar um bicho maior do que o escondido dentro da caixa de ossos cansado na cama
eu escuto a buzina chorar por atenção e o suor dança enquanto a gente só quer morrer de amor mas somos atropelados pela compaixão inexistente no asfalto do centro da cidade
e destruídos são os sonhos dos homens de terno engomado
é tudo engolido e intragável desde o último resfriado porque o rio em maio é quase tão gelado quanto o som de um suspiro prolongado e sem rima
há sim muita desistência e penitência quando não usamos as palavras para dizer que o sufoco é oco como todas as obras que tentei escrever falando sobre os seus olhos de medo mesmo o dia estando tão azul-íris
Tua poesia é vida em meio ao caos. Entre os asfaltos e desesperos dos dias, ela vive! Ainda bem!
ResponderExcluirBjoo'o
P.s: Essa música, esse album, esse Ciço ♥
Muito bom te ver por aqui, obrigada.
ExcluirVestir-se de nós e sobreviver. Há muito disso em meus dias.
ResponderExcluirGyzelle que bom que encontrei seu novo link, não estava conseguindo entrar no blogue. Que susto! Faz-me falta te ler. Beijo