sinto como se devesse projetar
uma – infalível – revolução
na minha vida,
acho que toda a empolgação
do meu mundo teve o seu desterro.
encerrei (selei) o meu destino.
espio-me a rastejar pelas margens
untuosas dos meus nervos,
estou por um fio, por um lance
de dardos.
à disposição dos futuros
e inúteis sucessos & fracassos,
abdiquei de fugir, sou hoje a lebre
a contemplar o machado.
de olhos arregalados, pouso
a mão sob o para-brisas,
o vôo do coiote tão circular me fita.
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