o cheiro orfão da violência,
antes da meia-noite, escuro,
escuto o coro dos eufóricos
pela virada do século.
os santos e os vândalos
ainda que mudos nos espreitam
com réstias de pólvoras nos cantos
das bocas.
repleto de uma mágoa ainda não
localizada – não sei se esconde
no meu bolso ou no meu umbigo –
agarrado pelo pescoço estouro
uma garrafa de champanhe
da pior qualidade,
espumo o meu rosto.
as nossas mãos são armas.
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