dedo entrelaçado nas costas
de um morcego cego
as fotos e os faróis
nós que engatinhamos
nas escamas de uma pomba
presa na cidade do centro
a praça e uma caderneta
nós que nos sentamos
naquele dia o sol secando
o estrume dos bancos
e tomamos um sorvete de café
e pistache por cima das pedras
o que eu mais quero deste poema
é que não derreta sob os meus dedos
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