terça-feira, 8 de novembro de 2022

cabine

no meu tropeço 
esbarro rabisco 
as laudas, a face 
de uma moeda enferrujada

enfiada no rastro 
de uma rachadura 
abandono os lares 
sem armadura

você que me fere 
e me trama uma tensão 
suor que se alastra 
e se entranha pelo chão

este espelho 
opaco, rasgo 
esta cicatriz 
sou eu que abro 

Um comentário:

  1. o teu amor por mim, por nós, vive em tuas entranhas, ainda que tu insista em mistificar, esse amor como drama, enquanto te desejo me chama: de amor.

    ResponderExcluir