sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Indefinível

Sonhei que me segurava
Por dentro dos braços

Talvez por medo que corresse
Mais pra dentro

Talvez dessa confusão
Da gente metido
Lá dentro

Sonhei que esquecia de beijar
Com a boca
Para provar teu sonho indefinido

E que riscava com os dedos
A ponta dos cabelos encarnados
Como se fosse um fósforo

Prestes a incendiar teus braços
Que me seguravam por dentro

E queriria de sonhares espremida
Viver de teus braços firmes

E pediria mais um minuto de sonho
Talvez fosse possível correr
Mais pra dentro

Se não fosse o calor da manhã
Espelhada em teu bom dia
Me lançando pra fora da cama

2 comentários:

  1. Os sonhos, nossos desejos mais lúcidos e ávidos, correm pela nossa pele, pena que, na maioria das vezes, representam também a realidade transfigurada...

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  2. "E pediria mais um minuto de sonho..."
    Esse minuto me salvaria do desperdício que tem sido viver assim.

    Saudade, Gy.

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