Sonhei que me segurava
Por dentro dos braços
Talvez por medo que corresse
Mais pra dentro
Talvez dessa confusão
Da gente metido
Lá dentro
Sonhei que esquecia de beijar
Com a boca
Para provar teu sonho indefinido
E que riscava com os dedos
A ponta dos cabelos encarnados
Como se fosse um fósforo
Prestes a incendiar teus braços
Que me seguravam por dentro
E queriria de sonhares espremida
Viver de teus braços firmes
E pediria mais um minuto de sonho
Talvez fosse possível correr
Mais pra dentro
Se não fosse o calor da manhã
Espelhada em teu bom dia
Me lançando pra fora da cama
Os sonhos, nossos desejos mais lúcidos e ávidos, correm pela nossa pele, pena que, na maioria das vezes, representam também a realidade transfigurada...
ResponderExcluir"E pediria mais um minuto de sonho..."
ResponderExcluirEsse minuto me salvaria do desperdício que tem sido viver assim.
Saudade, Gy.