domingo, 27 de março de 2016

e me beija com a boca quente como se eu fosse um muro, rígida, imparcial a delírios, me afoga com o corpo em posição de caça urgindo, faminto, sem rancor. límpido o céu desconhece meu peito. chove distraído, sem ruído. me corrói, despenco trôpega nas ações, declínio. os lábios agem, confronto, o repouso, imunes ao perdão da palavra. a chuva morre em silêncio enterrado no parapeito. o céu desconhece. e o beijo, as pálpebras, a ruga nos contornos, teu apetite:

anseio

Um comentário:

  1. Eu amo a dignidade em teus versos,as vontades curtas nesse teu abrir de braços para a poesia que respira teu hálito de domingo e te prepara pra segunda feira. Amo essa coisa tua de luta e de lua, como se viver e renunciar à tudo não fosse o mesmo.
    Beijo

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