sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Minhas poesias são confissões esdrúxulas
Daqui eu ouço os pingos caindo ao chão de cimento aguardando o sol anunciar o verão para extermina-lo até a próxima tempestade que devasta cidades baratas. Dançam as luzes atrás de vidros acústicos mas não sei qual é a melodia e sinto em mim uma vontade de pular mas observo o horizonte alaranjado quase que explodindo qualquer desejo de morte. Eu daria todo esse céu que estampa paisagens de papel para turistas em troca de habitar minha carcaça debaixo de sua pele corada por uma praia imprópria para mergulho. Quero nadar em você mesmo não sabendo nadar. Seu mar suportaria os meus maremotos? Desculpa se eu só consigo dizer que te amo através da poesia... Se declarei que sou livre durante algum discurso alcoólico só para fugir de sua imagem caótica de homem com medo. Eu traço o seu nome em tudo o que escrevo, pinto o nosso relevo em cima da cama de 1,60cm e não me importaria de ser traçada em cima dela por você.
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Mas a poesia existe é para se dizer que ama....
ResponderExcluirO amor de poetas é assim.... traçar o nome da pessoa amada em cada verso que faz....
Gosto das tuas poesias, penso que num tsunami me salvaria preso aos teus cabelos.
ResponderExcluirUm texto fabuloso.
ResponderExcluirApesar de prosa, é poesia e da boa.
Gostei muito.
Tem um bom fim de semana, querida amiga Gyzelle.
Beijo.
''Eu quero nadar em você mesmo não sabendo nadar.''
ResponderExcluirEu gosto muito dessas sentenças quase que suicidas.