O sol gira em torno dos seus olhos
Olhos estranhos de tanta boniteza
E brinca com a alegria momentânea
Ofertando-te uma dança da primavera.
Você é minha primavera!
E eu fiz um jardim em sua homenagem
Flores tolas e encabuladas.
Toca uma canção de ninar
E eu novamente sinto meu coração pulsar fortemente
Você sorri da minha embriagues de amor
E aparece borrachinhas azuis em torno desse sorriso de criança
Invejo-os com a força de um meteoro sem rumo.
A escuridão chega silenciosa
Ela teme que você a rejeite e vomita estrelas incandescentes
E a lua aparece recitando réquiem de morte
Mas toca gentilmente uma valsa e ela chama para bailar
Com pouca serenidade
Abandono a filosofia da presunção
Suplico que fique
Confie nesse castelo de sonhos que tricotei nos dedos para você
Traçados no escuro quente e gelado
Noites que me adoeceram
Uma canção dormente
Somos espelho de uma vida errante
E serei enfermeira dos medos morfinados
Ânsia do beijo em sua nuca suada de perfume amadeirado
Você é sempre tão triste e cheia de névoa
Numa estrada efêmera almejo seu corpo débil
Fantasio uma cortina tênue de felicidade
Segure minhas mãos vazias
Cantando novamente breve canção de ninar
Faço sua dor abrandar
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