Sobressaltada por um gozo de memórias
Queima essa lacuna que me faz escrever,
Eu não creio no que vivo
Vivo escrevendo o que creio
E na filosofia da imensidão de palavras insanas
Eu zombo da minha agonia.
Que desculpe-me por esse poema falho
Por um mundo tão errado
E eu aqui errante
Errante, solitária e triste.
Escrevendo,
Um parágrafo a mais e respiro aliviada
Uma página em branco de uma vida borrada
Uns sonhos destroçados
Por um mundo tão errado.
Eu não conheço a mim mesma,
Escrevo e acabo encontrando a face fêmea,
Findo sabendo da abstinência de paz
Grades por toda a parte me impedem de gemer
E eu só quero que essa tristeza aqui dê um tempinho
Eu imploro que ela procure outro caminho
Dou passagem, canto e escrevo
Mas ela não quer arredar o pé
Gírias de uma mulher diplomada
Bacharel na própria dor
Presidente de uma corriqueira desilusão
Condenada a viver sem ópio, em vão.
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