Seus olhos são pontes para o inferno
Pequenos porém escuros como pérolas negras
E seus cabelos curtos de fios marrom cor-de-vida
São uma enorme bagunça
Retratando gentilmente o que existe dentro dela.
Seu cheiro de erva medicinal embala o vento para cantar
E sob uma enorme árvore ela pintou o seu amor
Nas mãos tão macias ela segura o lápis
E desenha uma borboleta
Mas ela não sabe fazer cores e entristece quem a vê.
Ela é tão solitária e anda curvada como se carregasse o peso da solidão
E todos os dias eu conheço uma nova Mari-Ana
Renovando-se a cada pôr-do-sol tristonho
Maria, Ana, Mariana
Uma infinidade de mulheres em um só corpo infantil.
Sob o sol Carioca ela desfila com uma calça preta de veludo
E seu coração está afogado em um poço congelado
Condenado a anos de arte.
Seu corpo é desenho exótico
Tão pouco explorado
E ela vive um conto de duendes
Cheio de cogumelos psicodélicos
Seres humanos não são capazes de entrar
Vive rodeada de anjos
Mas é um demônio do inverno
Pronta para mais uma brincadeira do espelho
Não há quem não se apaixone
Pela garota do gorro vermelho.
Olá nobre poetiza, sua personagem vive no anonimato de si própria, porem cheia de sonhos e desejos, falta-lhe coragem para desabrochar, pois muitos desejam saber o que de fato se esconde sob suas vestimentas camuflantes, haja vista que o seu semblante sugere uma anatomia cheia de contornos empolgantes, Parabéns pelo seu instigante poema, um grande abraço, MJ.
ResponderExcluirEla só quer ser feliz sozinha, ela quer encontrar a paz que o mundo não tem.
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