segunda-feira, 18 de março de 2013

Coisas que não foram escritas

Jaz uma garrafa vazia em cima da mesa
Mas quem está alcoolizado é m'alma
Que bebeu de ti veneno
Dos seus lábios que eram tão doces
Droga! O meu fim está chegando...
Chega!

Rasgou as cartas que ainda não estavam escritas
Cuspiu no prato sem comida
Eu sou um amuleto de sua sorte:
Meu azar.

O tempo está mudando
Lá fora nublado, aqui dentro chove.
O clima entre nós mudou
Não existem flores a não ser pétalas
Jogadas
Como as palavras.

Tempo, eu preciso dela.

Eu queria te conquistar a cada dia
Porém, perco-a, instante a instante
Cada promessa quebrada, prova de nosso fracasso
Do meu penar
Que você acha graça.

As roupas jogadas ao chão comprovam o descaso
Os pratos sujos retratam as palavras,
que de tua boca vêm,
Boeiro.
A vitrola toca músicas falhadas,
O disco está arranhado como meu pulmão, de gritar:
Volte para seu lugar.
Sem carne no jantar, coração moído.

Dela, eu preciso de tempo.

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