terça-feira, 16 de abril de 2024
a pintura de uma asa estilhaçada, 16/04/24
O céu tem sido rude comigo, teimo não encontrá-lo. O olho espreita, espanto os pássaros, eles me orientam. Desejo ser como os pássaros que, nunca, jamais, em espécie nenhuma, ousaram à fraqueza. À morte em pleno voo, ainda que estivessem destinados. Estou viva, acredito, embora caminhe ao desequilibro completo, total. Perguntam porque não bebo mais, porque bebo tanto? Questionam sobre mim e ainda por cima: na minha frente! Eu lhes reviro, não revido, não me interessa o que não for o voo. Nunca fui de encarar o céu depois que cresci, antes eu o pintava.
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