a ser feito nada há a não ser
escrever um poema rítmico
traio-nos e cogito a gentileza
dos auto-móveis
há de saber pilotar as máquinas
os livros debaixo do travesseiro
tropeço nesta ausência
amarelada nos ombros da tarde
vestida de cinza
a terça-feira convida-nos ao jantar
há de ter uma manhã sem juízo
que me convide a tragar
a droga de um romance insípido
exije a mim que tire o vestido
incômodo do retrovisor
há de ter minúcia no olhar
atropelada pela tarja preta do título
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