fotossíntese, lâmina, acne, transformidade, cabide pequeno e lacre em caixa de papelão, transtorno pré-consultado e o diagnóstico de uma aparente falta de tudo
mas talvez seja o excesso talvez o avanço dos carros indique
a hora de atravessar
linhas em sincronia na blusa de manga comprida faixa de
pedestre quanto custa não passar faz tanto tempo que não chupo uma fruta
esse buraco na terra, o efeito da nuvem sobre a lua cheia,
completinha. mas é que o pão veio duro, o troco inteiro, a alça do saco
arrebenta mesmo sem peso, sim o buraco é fundo, não posso ver
as armações foram compradas em 5x sem juros o blecaute não
teme as lentes a prova de ver além é mais do que esticar o pescoço tira os
óculos para ver o tom do céu não nítido
alegoria para o alvoroço melancólicos dos pombos dessa
cidade indefinível
é que basta de descrições hipotéticas do que seria eu e você
ninguém é tão completo assim, não tento argumentar, isso é passado a gente
marcha e murcha e mancha de sangue estendida no horário de
volta para casa
celulose, catarro na garganta parecendo fala estancada, me
contenho tanto que se quiser nem existo. deixo escapar o suspiro o símbolo a prosa
ofereço humilde sem valor de devoção
me sobra perplexo espasmo da completude de estarmos
habituados ao chão
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