sexta-feira, 18 de outubro de 2019

no momento em que escrevia

em frente à barata ribeiro ou à rua que leva à barata eu me sinto com vontade de mar e me sento mensurada, um senhor com um carrinho nas mãos pergunta se eu sabia das notícias, disse que eu era inteligente, ou melhor que devia ser, e precisava saber que cairia um meteoro, disse que ninguém o escutava e eu disse que entendia, ainda mais com aquele barulho de maratona, pessoas correndo e o mar revoltado, ele parou alguns instantes para pensar em mais alguma coisa e seguiu com a notícia. eu decidi que iria tomar um chopp, atravessei o calçadão e perguntei no quiosque se poderia fumar, o rapaz me diz que melhor mesmo é parar e faz um gesto, eu sorrio como sempre, existem coisas que nos é nata, comigo é sorrir sem precisar de graça, eu me sento, o chopp chega e eu me sinto como o mar que deita na areia e some, começo a escrever sobre me sentir bem, disse que a tristeza reapareceria mas não naquele momento, 

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