domingo, 7 de abril de 2019

selvageria

através da voz dos gestos
adormeço os sonhos
acordo infinita de silêncio

selvagem
insisto no poema
ainda que a poesia
tenha desvendado horizontes

ontem não recordo
encontro presente
cadernos cobertos de palavras
datilografadas no azul

teremos o tempo do mundo
e a coberta do dia
encerada no sorriso
e nas despedidas

enfim sonhamos
as ruas desviam os nomes
e a fome de ontem
pintada de azul

a cor silenciosa
adormece dentro dos sonhos
sob a voz de um gesto

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