segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

fragmento

a poesia urge como um leão perdoando a si mesmo
e as liberdades batimento confuso as rosas delicadas. verão ardido
a poesia feito sintoma
batendo
a poesia balé das asas
sorriso afobado da criança que nasceu tarde demais
o sol surgindo
a noite surtando
a poesia pré desfeita
a poesia...
tão delicada o impossível
a poesia que conheço por ser.
desconhecida
e por nós desvanecido no caso de correr o risco
a poesia feito desfazer
tudo íntimo e desmedido
é quando acorda o cisco a lágrima
o descanso merecido
a poesia abrigo
por motivos
na ausência disso ou aquilo
a poesia isto 
enquanto insisto
a poesia vívido
existo
a poesia arrancando gemido enfiando
-
grito
é quando a gente deita e esquece de dormir mas sonha é lindo
quando o rosto inclinado recebe um beijo boa noite.
a poesia despedida

2 comentários:

  1. Sempre sinto saudades daqui, volto depois de muito tempo e pra minha surpresa você continua a escrever.

    Não existe poesia como a tua.

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  2. A poesia respiração faltando-nos o ar.
    Lindo Gyzelle!

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