sábado, 30 de setembro de 2017
Desculpas
terça-feira, 26 de setembro de 2017
ao fim de partida
na plataforma do último sonho
alcance
em vastidão
os cogumelos
e canelas e cravos
formule as palavras
enunciadas por convulsão
da boca solene
em delírio imóvel
entre hinos sonâmbulos
à medida que teu corpo
deita
esgotado
escorrendo pelos trilhos
confessaria fugir no véu
encoberto da noite satírica
no drama crepuscular
em ventania do
vestido acetinado
sem destinos apuros
o corpo desliza
nas vagas imprecisões
entretanto
pegue o trem azul
mais longe
mais distante
mais alto que puder
saltar
e quando alcancar
lembre do sonho
todo azul
atropele as estradas
as vias asfaltadas
feche os olhos
embora assustada
e grite
o terminal dos sonhos
ainda não alçou
terça-feira, 19 de setembro de 2017
Depressão
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
Anti-horário
Quis te revelar em versos
as preces conjugadas
no fim de partida
enquanto observaríamos
o calor reluzente
das letras
Maiúsculas
Repousar teu dorso insensato
no centro dos seios
e rogar por um destino
que ajude o riso
contínuo
o fluxo elementar
dos riachos verdinhos
Se o mundo acabasse
em melodia
faria versos
toda a vida
e reencarnaria
em teu nome
Teu gesto urbano
desmedido e insujeitável
Transpirando
insolúvel
fomos confundidos
com os contornos
Das horas
domingo, 10 de setembro de 2017
Passarinhos
Houve tempo
das manhãs
Raiar cedo
e olhos acesos
As batidas
e o silêncio impreciso
Tua casa
aqui dentro
Quentura dos
teus cobertores
O café dizia
do acordar
Que descanso
Requentado
em pleno domingo
Você ouviria
as histórias antigas
De um tempo
amarelado
O sol lá fora
em convite
Como é bom
sua rua liberdade
Meu adeus
Ainda há tempo
Pra discutir
sobre o suor
E o destino
do apego
Quanto ao receio
Passageiros