sinto os dias,
tanto em particular as palavras,
evacuarem por tudo,
do outro ângulo ali entre dedos,
quem sabe o andar tenha sido atingido
visto que vago é mais sem saber
o porquê de irmos
como, sem ousar questionar
onde ou quando,
a gente escolheu parar?
aceito todo argumento,
e limito meu som,
assim vou minando aspectos singulares
que soariam afrontas à comunicação
dois corpos e essa
distância conhecida
por mínimos fins trágicos
será que sequer fomos livres?
é possível enredo,
entretanto retorno às palavras,
em transtorno e indolores,
despindo a narração intocada
até por quem constrói essa estória
pois bem somos nós vívidos
de mormaço e um quarto de medo,
sequer livres do discurso rente,
por descarte involuntário,
nus de fantasias
fomos todos que desistimos
somos
e cada vez
se desconhece
onde veio
não sabe se vai
é parte do medo
é quase sempre
fim
assim vão
os dias
e você
por aqui?