Papel de ingresso, comida envelhecida,
as vezes guimba do cigarro que a gente fumou sem assistir
As vezes paro e sequer penso
É que o pensamento cai como um toró de verão
na ânsia de te falar dessa faísca presa
Além das luzes de outros prédios
é possível que veja seu rosto refletido num quadro grande
exposto na sala do vizinho
É porque aceito seu tamanho em tudo que couber pensar
que exista espaço pra parar...
descansa enquanto a fumaça sobe e o motor aquece
a chama viva
Você sabe as vezes morrer
É pequeno
"As vezes paro e sequer penso
ResponderExcluirÉ que o pensamento cai como um toró de verão
na ânsia de te falar dessa faísca presa"
Essa ânsia é água corrosiva, que desentope, ardendo.
Parabéns pela naturalidade poética!
"É porque aceito seu tamanho em tudo que couber pensa"
ResponderExcluirEsse trecho diz muito pra mim.
Descobri você! Como suas palavras ecoam...
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