Elaboro simplórios versos, temores anônimos examinam meu sono em horas de fragilidade e assimilo que o som dos passos são de partida. Aos pedaços decorei os sons, uns são mais firmes, outros sutis como uma brisa abafada de verão. Minha rua amanheceu vazia, toda gente que caminhava com os olhos enterrados no horizonte se dissolveram como as nuvens previstas pra hoje. Orquídeas murcharam dentro de um livreto fechado, recordei com ira da ventania que seu rosto fazia enquanto dormia agarrado ao meu corpo como um travesseiro. Quis cometer um latrocínio, roubar sua vida que ali, exposta, me pertencia, mas te assisti calada, com os lábios lacrados como se aquela cena fosse meu maior segredo. Envernizei cada instante do seu repouso em meu repertório de lembranças, e junto ao suor que grudava dois corpos miúdos, fui salgando sua boca com uma despedida. Você narraria meu desapego durante 365 dias, e encontraria um título pra esse drama atípico.
Divino!
ResponderExcluirQuando leio algo assim, sinto-me grato pela vida e uma alegria imensa.
Obrigado.
Divino!
ResponderExcluirQuando leio algo assim, sinto-me grato pela vida e uma alegria imensa.
Obrigado.
Divino!
ResponderExcluirQuando leio algo assim, sinto-me grato pela vida e uma alegria imensa.
Obrigado.
Divino!
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Obrigado.