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sozinha
assistindo a noite
invadir a casa
o cão sobe no sofá
a goteira do chuveiro parece chuva
vejo a lua tão turva
parece ficção
ou obra de um Deus
que desconheço
troco de canal
a mobília da sala
roupas
e insisto no poema
tão solitário
quanto a lua
eu
e o cão
sozinha
crio diálogos
que viram página de um diário
deixo as obrigações pra amanhã
averíguo a despensa
vazia
morro no sofá
assistindo o dia
e dilemas
invadirem meu poema
Tu é tão desesperadamente linda em teu poema, que me parece que a vida lida e sentida, sem tua poesia, não tem nada de musical ... e não tem. Tudo em ti vibra e eu gosto de imaginar o dia amanhã um carpe diem que se repete sempre, tanto quanto você viva
ResponderExcluirSaudações!
O que sempre faço,pensar no saber que você existe.
ResponderExcluir"e insisto no poema
ResponderExcluirtão solitário
quanto a lua
eu
e o cão"
sempre bom te ler :}
A exaustão sempre se alia à conformidade. Mas de qualquer modo, aqui sempre encontro bobs poemas.
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