mesmo não sendo bicho
no colo de João
topei com o céu no dia treze
transei com os dedos no jantar
deixei que a poesia escorresse
pela mão espalmada
tracei um hemisfério
transa em cada verso
narrando o inverso de estar
segura no colo mudo de João
ninguém falou sobre as mortes
intermináveis do coração de
uma mulher
ninguém falou do coração
ninguém falou
João
ninguém
transa em cada verso
narrando o inverso de estar
segura no colo mudo de João
ninguém falou sobre as mortes
intermináveis do coração de
uma mulher
ninguém falou do coração
ninguém falou
João
ninguém
Não sou João,mas tu me deixa emudecido e de olhos umedecidos com tua poesia escorrida. É tão profundamente humano esse momento, que posso sentir uma paz, como aquela depois do gozo.
ResponderExcluirBeijo a minha alegria em tuas mãos,
boa semana.
João é sempre alguém dentro de nós.
ResponderExcluirSempre me surpreendo vindo aqui.
A ternura rasgou algo dentro de mim.
ResponderExcluirSempre vou querer te ler.