saudade
sambou
no meu peito
como se fosse tiroteio
no Humaitá
quase engoliu minha voz
meu seio em luto
as cópias das chaves e o barulho
de pés no tumulto
bateu
uma onda
de saudade
e dizem que está perdido
na cidade
o sonho
a fome
aquela vontade de apertar
os passos
aferrolhar as portas
queimar a ponta no jantar
saudade escorreu pelo
rosto pálido
viscosa
e grudou no cabelo
me arranhou as costas
assinando as poesias ágeis como bala perdida
achada
esquecida
a saudade ganhou sentido
foi traduzida
tragada
mantida na boca
no verso e na ardência da ferida acompanhando
os batuques do samba no bairro
Humaitá
quando você vai embora?
"saudade
ResponderExcluirsambou
no meu peito
como se fosse tiroteio"
Essa saudade que mata e ressuscita, ao mesmo tempo.
Parabéns pelas formidáveis palavras!
Já disseram que : " saudade não tem idade" deve ser por isso que todos sentem, mas amor não, amor tem data de validade. Por isso
ResponderExcluireu não vou amar teus poemas eternamente, só enquanto meu espirito é energia e minha mente,sente.
Um bom domingo.
nunca, na tua mente.
ResponderExcluirTeus poemas, são como ave maria e pai nosso, gosto de rezar teus poemas,porque tem carne e vivência, tem sangue de deuses em tuas veias interplanetárias Eu gosto de quando tu sorri pra mim,como agora ...
ResponderExcluirOlá, Gyselle
ResponderExcluirEssa saudade viscosa que gruda, arranha e samba no peito da gente, quando vem e se instala, nunca mais vai embora.
bj amg
Samba morena
ResponderExcluirMorena?
Samba serena
Que saudade
nesses dias
corridos
atira para todos
os lados
da cidade.
Não tá apenas bom, tá muito bom. Manda mais!
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