com todo o peso do coração no centro,
me comporto feito uma pantera
azul tunísia a descascar as cascas
das feridas no calcanhar
os poemas nunca preencheram
as cadeiras vips
mas, há algo de tão vazio e ZIP
na palavra e no privilégio da língua
– se tivéssemos cobertos de
pêssegos em calda no gosto da língua
a lamber veludos azuis tunísia,
estaríamos a vender poemas –
assim, deslizo os meus tornozelos
dos grandes centros do tumultuo
da geração que jura ser a 1ª
há um delicado humor nessa geração
daqueles poetas que estampam
na face rígida uma ruga de tristeza,
triste seria se não fossemos
“o peso do coração no centro”
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