uma catedral me cobrisse de aquarela
à meia-tarde do século XXI
esfrego as mãos ao rosto das folhas
há tempos que perdi a arritmia,
o rumo e a melancolia
ainda que ouça o sino atado
ao pescoço das amuadas taurinas
as carrancas expõe as línguas
o vocábulo me foge,
ainda que não vos escapasse
seria o silêncio imperfeito
você deleitosa sob o rosto incolor
me cega de cores da imaginação
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