sábado, 1 de outubro de 2022

os vilões te moram, te miram

este odor, a sua presença
adentra por todos os finos aços
das lâminas por onde se insinuam 
as cabeças, as cobras

você e a feição de uma fera
sem arbítrio, uma rosa carnuda 
o meu gesto delírico, quem te assiste
acender uma vela e os olhos afiar 

quem te mira, quem te viu rastejar 
mas eu que incorporo o seu rastro 
imagino que seja o seu rosto - um astro 
projeto de uma sombra a se dissipar 

2 comentários:

  1. E eu... imagino a tua poesia, como amor que brota do ventre de um ser iluminado.

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