e beber as próprias lágrimas
em um cálice
ou no dedo
não há problema em intervir
o poema para escrever
outro
e calar o mundo
ou a máquina de lavar
amanhã sairemos
com a mesma roupa pendurada
nos braços da maçaneta
não há desculpa a tua camiseta
amassada como sempre esteve
vermelha debaixo dos meus livros
como um bolo de rolo
de linhas desalinhadas
que beleza quando os fantasmas
se sentam bem na hora
exata em que você escreve
um poema
e o mundo se cala
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