quis narrar meu sono
há muito não durmo e falo sozinha
estive pensando que a tristeza,
grande folia dos desgraçados,
soa nos lábios dela como uma sirene
grande folia dos desgraçados,
soa nos lábios dela como uma sirene
vermelha, brilhando, ela vestida
e uniformizada, a noite brincando
de levá-la para casa mais cedo
quando que esperaríamos
chamar algum lugar de casa?
eu de pé vejo que a nossa grandeza
eu de pé vejo que a nossa grandeza
se retrai quando os braços abertos
desaguam das casas seus choro
por toda brecha, por toda a festa
por toda brecha, por toda a festa
brindada com sal e ferida
o colo que me acostumou
a dormir na melhor hora do sonho
enquanto lá fora silêncio desocupado
faz mais palavras, ruídos de
seus olhos ruínas tortas,
seus olhos ruínas tortas,
quando que estaríamos dispostas
a abandonar o terreno, lama
e Glória, quando se fizesse
mais amor do que versos?
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