terça-feira, 12 de novembro de 2019

dentro da redoma o sufoco dos poemas

confesso que fantasiei 
ilusões, ilusórias, 
iluministas 
quem foram aqueles 
que diziam das luzes? 
acho que o tempo ficou fechado 
é nesse túnel em que se descobre 
entrei no labirinto! 
e se eu transbordo pelo muro, 
rasgo a cerca, 
eu entro em outra hipnose, 
ilustrada, muro de floresta, 
dente brilhando, 
ao sorrir a noite 
onde somente o poema 
faria sentido? 
orgasmo
misto 
descubro, fantasiada, 
ideia de amor ou fascínio 
eu busco motivos 
e olhos 
dizem palavras 
que a boca diria, 
ao contrário, 
nos olhos repentinamente, 
um fogo incendiário 
nas palavras 
a ideia 
a redoma 
eu me escorei 
no poema 
como quem 
só a solidão 
das palavras, 
como quem arde 
diante dos olhos 

Nenhum comentário:

Postar um comentário