o seu rosto debruçado na janela
eu te encontrei na Lapa
e você do Sul estava mais a vontade
do que eu no meio de toda gente
você me chamou para um bairro da Barra
e dizia que era uma barra chegar ali
eu concordava com um sorriso
toda confusão que a gente soava
para mim aquilo era um labirinto
você dentro da literatura carioca
então eu entrei no apartamento
e você entrou calada na varanda
eu não conhecia mais ninguém
então quis recitar um poema sobre livraria
e eu vejo o seus olhos sem noite
eu olho para a Lua e fico sem palavras
você me diz para voltar
mas ir a onde se eu vim a ti
a gente se despediu em Botafogo
eu até hoje não entendi
mas acho que você também não