quinta-feira, 6 de junho de 2019

Foed

atravessei os arquivos e os arquivos me atravessaram. não sei dizer o que atravessou primeiro mas fazia parte de uma travessia o percurso que traçava. aliás já estivera traçado. por mais que parecesse um risco, decerto porque estive delimitada ao processo criativo da própria arte, daquela arte que ousava chamar de arquivo ou uma envergadura no tempo, ao olhá-lo ele me olhava completamente plácido. era porque olhava feito um corpo contraído dono do tempo e pelo gesto da palavra. a palavra transcorria ilegível palavras que supus palavras, mas no íntimo eu poderia dizer de uma obra imprevisível mesmo que denominada obra. fragmentado. meu ofício era o fragmento, eu fragmento. eu e ele, meu artista. minha arte. meu egoísmo de poesia através do poema.

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