não cabe a nós o soturno breu
cabível às palavras amenas
se repousa teu rosto à palma
encostada desterrada à solitude
não nos cabe o silêncio esperado
prostrado altar das divagações
se aliso teu sonho enquanto dorme
senta e espera que a balbúrdia
soará àspera novidade aos loucos
é tarde ainda aos que exaltados
aguardam que amanhã nos mova
límpida a vastidão preenchida
evocará os malditos bestiais
de asas arcaicas e leves
os homens apreenderão a recontar
as horas narradas em realismo
por pura vaidade de vida e caos
decerto descobrirão que não estão sós
até no silêncio da torre de cinzas
até mesmo no mármore do caixão
é nessa hora que a palavra
encontrará boca que a exalte
quando não nos couber saída
domingo, 5 de maio de 2019
solidez
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