quando teu fogo
acende as ruas
dos leões
as cores
parece aquarela,
monumento antiquado,
mas quando o rio destoa
é pelo teu nome
que o trânsito
permite alcance
entre municípios
quando arrasta
os dedos a roçar
o chinelo no asfalto
é feito pisada
no corpo rijo
o sentido a querer
assumir teu colo
em solidão
quando a luz
transtornada corta
o discurso ensandecido
é que se revela a paz
retratada no
sorriso
queria socorrer
teu corpo inteiro,
indiscreta,
egoísta por amar
teus planos,
beijar teus defeitos
assim como
desejo insaciável
descobrir teus muros
Te leio e me dá uma vontade de tocar nessas palavras, um-tocar-vivo-palpável-físico... Como se fosse possível, como se fosse verdade. Tudo aqui dentro. Não sei.
ResponderExcluirPaz.
Versos pintados ao invés de escritos, para poder inventar as cores que a cidade não tem. A imagem completa muito bem o que você escreveu. Como se a gente quase conseguisse andar pelas ruas dessa cidade e sentir a mesma solidão universal de nossas capitais.
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