quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Quentura

sem pressa
o barulho da manhã
desnorteou tempo que tinha
pra pensar no poema

é que brilhou tão firme
que parecia ter nascido
aurora boreal no sul
do corpo
como se fogo
fizesse por dentro faísca
cinza e ventania

tenho pressa não
hoje passou segunda, terça
vento verão
veloz insolação

ô dias se vão
vê, tristeza
faz estrago
de um vulcão

Um comentário:

  1. Teus versos tem tudo de alma e pensamento, muito de entranhas e instinto, isso é o que eu sinto quando te leio e nem quero pensar no sentir, se alguma vez teus sonhos, os meus pudessem tocar ...
    Saudações!

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