Deito atônita a aspirar tua tradução simultânea
Dedos profanando a gramática normativa
Dentro do padrão desgastado de roupa íntima
Como uma poetisa que desfila a caligrafia
Hei de desbravar teu corpo infinito
- À espera de um resquício no tom áspero da preguiça
Embargando o ritmo da língua evocado pelo trânsito das horas -
Tu tomaria meu gosto de ontem
Só com a fome debaixo do lençol macio
Tu seria meu acorde
O verso ébrio de um outono gasto
Como uma missão de morte e vida
Hei de desvendar tuas rimas
"Hei de desbravar teu corpo infinito"
ResponderExcluirFico aqui sempre, pois o que não escrevo só leio aqui.
Maravilhoso! Com esses versos, eu sei que tu põe o mundo numa sublevação por dez segundos, eu amei isso.
ResponderExcluirAmei a imensidão na qual tu deitas, os teus versos. Penso que tu serias uma boa mãe.