mas a cidade está mais cheia
e íntima
e doida varrida
não sei se notou que te olho
quando há uma distração em sua fala
momento em que me nutro de harmonia e instabilidade
não sei se notou
mas somos as desequilibristas
o Cristo fica colorido em dias específicos
e a lua tem aparecido antes das cinco
no instante em que você pega a sua bicicleta
e equilibra a própria vida entre o meu coração
e o espacinho instável do asfalto
que a minha boca quer morar
em seu corpo feito se te adorasse
mas não sei se notou
e olha que eu te adoro
Quem não teme tem culpa, e nesse caso todos somos culpados, de querer imaginar-se nesse pedacinho de asfalto, nesse caos que tua anota com carinho.
ResponderExcluirSempre bom e alegre, te ler.
Abraço e boa semana.