Rabiscado de abismo,
O poeta sobre si escrevia
Algumas vezes ele, modesto papel,
Pagava pelos erros de uma palavra mal dita,
Logo era trocado pelo lote mais caro
A lixeira ainda frívola de versos vivia carregada
Intragada pelo gesto de asfixia,
Transbordava
Quem mais sofria era aquele lápis de marca
Remoto, profícuo, ligeiro
Preso por mãos inseguras
Tornara-se frágil, por pouco logo
Desapontava, por ser do parnasiano poeta,
O espelho narcisista
Andava bem sem inspiração. Foi só passar aqui e tua poesia já me contaminou.
ResponderExcluirOh, contamina-me de inspiração seus comentários.
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